23 junho 2006

a vida, uma estrada?


No início deste blog, escrevi um texto que adoro e do qual me orgulho de ter sido eu a excrever. É que por vezes leio textos escritos por outras pessoas, que dizem exactamente aqulo que sinto, por palavras e frases exactas e precisas. No caso deste texto consegui transcrever para o papel, exactamente o que sentia, por palavras e frases que vieram cá de dentro, para fora sem qualquer deturpação.
Hoje apetece-me desenvolver um pouco mais aquele "sonho".
Tenho andado a pensar (o que por si só já não é bom sinal :D) e cada vez mais vejo a vida como uma estrada. Uma estrada onde todos andamos, uns mais rápido do que outros. Outros com mais respeito do que outros, etc..
Acho que cada um tem a sua velocidade para andar nesta vida e por vezes, damos por nós a pisar o acelerador, a levar-nos para além dos limites para que fomos feitos. Umas vezes aceleramos pelo prazer que isso nos proporciona, mas outras aceleramos como que a fugir de algum mal que nos persegue.
Eu sinto-me neste momento, nesta fase. Ando rápido demais. No limite, mesmo. Já cheguei muito perto de perder o controlo.
Até agora tenho-me mantido na estrada, mas tenho consciência que necessito de abrandar para deixar arrefecer o motor e essencialmente os travões, que já não andam a travar convenientemente.
Não quero mesmo voltar a passar por um despiste! Já o fiz e não é fácil ter que voltar à estrada cheio de amolgadelas, todo desengonçado, sem direcção e com problemas no motor. NÃO!!
Custa muito ter que retocar tudo, de forma a que possamos voltar à estrada numa condução estável.
O problema é que à medida que nos vamos despistando, vamos melhorando, para que o limite seja cada vez mais além. Mas o limite não deixa de existir. Começamo-nos a despistar num limite cada vez maior e em consequência os estragos são igualmente maiores.
Por tudo isto, sei que necessito mesmo de limitar a velocidade, para uma velocidade mais razoável.
Para que isso aconteça vou ter que resolver uma série de coisas. Coisas essencialmente minhas, na minha cabeça para me limitar a pisar o acelerador única e exclusivamente para o prazer, sempre de forma consciente e dentro do limite que sei que é o meu!
Aproveito para agradecer a todos os que me têm apoiado, aconselhado e ajudado, nesta minha fase de Michael Schumacher sem carta!

6 comentários:

Palhaço disse...

Andas metido na droga?!
Tás a ficar alcoolico?!
Andas com falta de sexo?!

Amigo, a vida é uma estrada, até podes estar na certa, mas não podes é ficar sentado, tens ke percorrer esse caminho, e só tens ke o fazer à tua velocidade, ao teu estilo, à tua performance, se é mais rápido ou mais lento, depende do kit unhas de cada um! Eu gosto de andar no limite, porque axo ke a vida ñ tem piada de outra maneira, sem sentir o cheiro da adrenalina não vale a pena sentir! Mas tb gosto de ir a ver a paisagem ocasionalmente!
Por isso não precisas de abrandar, ou acelerar, só precisas de encontrar o teu estilo!
:wink:

ricardo teixeira disse...

O problema não é só o kit unhas!

Não te esqueças que independentemente de conduzirmos maravilhosamente bem, nesta estrada, há mais pessoas na estrada. E por vezes, há um ou outro que te aparece fora de mão e das duas uma ou te desvias e vais à valeta ou espetas-te mesmo de frente!

Eu tb gosto do limite, mas há aquelas alturas em que vou ao limite de forma consciente e depois, há aquelas mais problemáticas, em que ando no limite e nem sequer me apercebo que ando!

Mas isto já sou eu!

Quanto às questões iniciais, que fizeste, posso responder.
1 - Droga? Não!! É uma fuga de gasolina e os vapores dão-me moca!
2 - Alcoólico? Depende da definição de alcoólico? Se o alcoólico é aquele que se embezana pelo menos uma vezinha por semana, então SOU EU!!
3 - Falta de sexo tb não devo ter, pois ando de tal maneira fodido... ;D

ricardo teixeira disse...

E eu tuas, Me!!

Não sei se já te disse, mas ando a tentar sair! Ir para outro lado.

Sinto falta de muita coisa, aqui! Não é a mesma coisa!

Na linha do texto que escrevi, estou a tentar mudar de faixa. Vamos ver se me dão uma "abébia" para eu me meter :P.

Mary Mary disse...

Gostei desta analogia da estrada. Às vezes dava-me vontade de travar a fundo e ficar quieta para não sair da estrada, achava que era solução. Outras vezes acelerava para passar mais depressa. Mas a vida é tramada e tem o seu ritmo que nos impõe quer queiramos quer não.

Os buracos e as curvas apertadas existem, as barreiras para não cairmos não existem. Por vezes é preciso cair para sabermos levantar.

Um dia meu amigo vais olhar para trás, vais olhar para esta altura e com um sorriso vais ver que não haveria outra maneira de as coisas acontecerem, que era mesmo necessário passar por tudo. E eu vou ver esse sorriso gigantesco na cara nessa altura porque acho que és daquelas pessoas que merece mesmo... :D

Anónimo disse...

Es um querido e mereces tudo de bom ou nao fosses tu um dos nossos...um Leao!!!

Anónimo disse...

Olá amigo. Gostei de ler o teu texto. Está muito bem adaptado. Realmente a vida é uma estrada, que por vezes se torna numa ruela outras numa auto-estrada. Esta estrada(a nossa vida) tem curvas, contra-curvas, rectas, uma faixa ou varias, subidas, descidas, eu sei lá. Mas nesta estrada existem também cruzamentos com e sem prioridade. Neses cruzamentos temos de fazer opções que por vezes são muito complicadas, mas temos de as fazer. Não podemos parar, caso contrario ouvimos buzinadelas ou alguém nos ultrapassa. Tu meresses tudo de bom meu amigo, e mais tarde ou mais cedo tu vais tê-lo. Continua a viagem por mais que te custe. Não adormeças para não te despistares. Está atento aos sinais para não te perderes. Um grande abraço, "João".

Nota: Sabias que já existe GPS, para não te perderes, e existe o controlo de tracção e de estabilidade para não derrapares nem te despistares???