31 dezembro 2008

ai vida, vida

T - Sabes? Vou para ali!
S - Vais para ali? Fazer o quê?
T - Fazer o quê?Hhhhmmm.... uuuhhhhh... fazer bem?!
S - E não podes fazer bem aqui?
T - Bom... talvez. Não digo que não.
S - E sabes ao menos como vais para ali?
T - Então... uuuuhhhh... sim! Sim! Mais ou menos...
S - Mas porque vais? Não estás bem aqui?
T - Estou, mas quero ir. Tenho andado por aí e por ali mas acho que é altura de ir para ali.
S - Mas tens andado por aí, por onde?
T - Então, por aí...
S - Aaaahhhhh!! Mas sabes onde?!
T - Bem, se lá passar reconheço.
S - Pois... estou a ver! Por acaso, mas só por acaso, não estás perdido, não?
T - NAAAAHHHH!!
S - Então sabes de onde vens, onde estás e para onde vais, certo?
T - Pois... Se calhar estou perdido...
S - Sabes que não te consigo mostrar o caminho, não sabes? Tens que ser tu a encontrá-lo.
T - Não sei se consigo...
S - Tens de conseguir!! Abre os olhos, esfrega-os se necessário, escolhe um caminho e segue-o! Mas enquanto estiveres nele, mantém-te nele e pára só quando for realmente necessário! Mas mesmo só quando for realmente necessário!!! Vai...
T - Obrigado!!

17 dezembro 2008

quero um cão

a entrada da baía de são martinho... também a ti peço perdão...


Mercyful father I have squandered my days with plans of many things. This was not among them. But of this moment, I beg only to live the next few minutes well.
For all we ought to have thought and have not thought. For all we ought to have said and have not said. For all we ought to have done and have not done I pray Thee, God, for forgiveness.

Esta é a oração proferida pelo Árabe interpretado por António Banderas, no filme "13th Warrior".

Esta oração, torná-la-ei minha mas não a direccionarei a nenhum ou qualquer Deus, pois não é a nenhum Deus que devo perdão. Devo perdão a mim próprio e a todos os que me amam, assim como eu os amo a eles, a todos os que se lembram de mim, tal como eu me lembro deles, todos aqueles que me falam, como muitas vezes eu não falo. Devo perdão precisamente pelo que é referido na oração: Por tudo o que podia ter pensado e não pensei. Por tudo o que podia ter dito e não disse. Por tudo o que podia ter feito e não fiz. Peço-vos, a vocês, Perdão. Assim como vos peço perdão por tudo o que pensei e não devia ter pensado, por tudo o que disse e não devia ter dito e por tudo o que fiz e não devia ter feito!

Oito meses passaram desde que abandonei este hábito de escrever, aqui, sobre tudo e sobre nada. De me queixar da vida - que eu vivo e faço viver - e de sei lá mais o quê. Oito meses muda muita coisa. Eu mudei? Claro!!! Estou mais parvo.

Um pouco mais a sério, há algumas semanas, ouvi da boca de alguém de quem gosto muito, que eu sou "um bicho do mato" e sem dúvida que existem razões para isso. Aliás, o espaço temporal entre os últimos dois textos deste blog atesta isso mesmo. Mas afinal o que há de errado nisso? Nada a não ser o facto de eu não ser assim. Tenho, de facto, sido assim nos últimos tempos - um ano, dois anos, sei lá -, mas não sou assim, tenho a certeza disso. Sei que por vezes não respondo a mensagens ou até mesmo a telefonemas - para além de não responder, não as envio ou não os faço -. Sei que me escondo, me isolo, me fecho, me desligo, mas acham que gosto disso? Não gosto! Poderia não o fazer? Com quase toda a certeza que poderia. Consigo? Neste momento, acho que não! Preciso de recuperar várias coisas em mim para o conseguir. Confiança, alegria, desejo e liberdade. Preciso de conquistar a liberdade de uma série de situações que me prendem a este isolamento. Está próximo? Quem sabe...

No entanto, quero que saibam, nunca deixei de gostar de Vós e muito menos deixei de pensar em Vós.

Como também tu disseste: "São os nossos amigos e família, aqueles que nos rodeiam, que fazem de nós o que somos."
Foram e são vocês que fizeram e fazem de mim o que eu sou hoje e continuarão a fazer o que irei ser por essa vida fora. É por isso que vos adoro e é por isso que estarão para todo o sempre no meu pensamento, no meu coração, em mim...

Quem sabe, este texto não é um sinal da proximidade ao momento que voltarei a ser...

25 abril 2008

só escrevo em São Martinho

É engraçado como agora só venho à net quando estou em São Martinho, no stand/oficina do meu Primaço, entre bicicletas, peças, roupa da Fox - a minha perdição -, equipamentos para BTT e motocross e sei lá mais o quê!
Fiz mais uma viagem de comboio para aqui estar. Esta com bom tempo e com mais tempo pois apanhei o regional!! Ao que parece, pela estimativa, demora três dias a chegar.

No comboio, vão várias pessoas e entre essas várias vão: uma senhora com uma idade entre os quarenta e os cinquenta, com cabelo curto, o que lhe dá um ar algo jovial e um rapaz novo que só pode ser o filho. Reparei e admirei a forma como ela olha o filho com aqueles olhos de amor que só uma Mãe sente. E enquanto olha para ele, faz-lhe um qualquer comentário lamechas, esboçando um sorriso derretido e orgulhoso por estar a partilhar com o seu filho um momento tão simples, mas tão deles, como uma viagem de comboio. Afinal, aos 24, 25 e por aí fora, quantos filhos querem realmente partilhar ou passar momentos com a sua Mãe em detrimento dos amigos ou da namorada. As Mães sentem isso e todo pequeno momento partilhado com aquele ser que elas próprias colocaram neste mundo vale... vale, nada! Não tem valor possível!!!

O filho, esse, como qualquer filho sente-se embaraçado com a Mãe e com as suas acções, públicas e sem qualquer tipo de pudor, de carinho e amor lamechas, pois afinal de contas, a partir da adolescência passamos a ser Homens de barba rija e Homem que é Homem não mostra, assim sem mais nem menos, os seus sentimentos em público. Mas uma Mãe é uma Mãe! Ela sabe e sente que os momentos passados com o seu rebento diminuem à medida que o tempo vai avançando no próprio tempo, até que desaparecem! E um filho é um filho! Ele não sabe e não sente que os momentos partilhados com quem lhe deu a oportunidade de viver vão escasseando até que desaparecem!

Que saudades do embaraço, MÃE!!

24 março 2008

expresso do oeste

a estação de destino


Há uns bons dez anos fazia isto regularmente. Sem medos, desconfortos ou sequer pressas. Fossem que horas fossem, chovesse ou fizesse sol lá ia eu. Fim-de-semana sim, fim-de-semana sim apanhava o comboio na estação de Benfica e ia até ao Cacém. No Cacém apanhava o comboio para São Martinho. Passava a viagem toda a ouvir música, a ler e a apreciar a vista. Verde! Muito verde se vê!

Gosto disto! Viajar de comboio é bom! "Des-stressa!"
Hoje chove. À medida que avançamos pela linha vamos ficando mais envolvidos pela neblina e o verde diminui, torna-se menos vasto. Imagino como está São Martinho...
Mais uma estação fica para trás. Desta vez foi Pero Pinheiro. Já passámos Mafra, Malveira e mais uma qualquer que não me recordo.

Sinto, durante esta viagem, que cresci. Não admiro as mesmas coisas que, na paisagem, admirava. Não foco a minha atenção nas mesmas coisas que há dez anos. Não oiço as mesmas músicas que ouvia. Nem a letra com que escrevo é a mesma. Tanta coisa em 10 anos mudou. Uns partiram e outros chegaram.
Como poderia eu adivinhar que passados dez anos estaria aqui, assim... Não podia! Como será daqui a outros dez?

16 março 2008

já fiz!!

apeteceu-me, na altura, anunciar aos sete ventos o que tinha feito

É verdade, já fiz! O quê? Libertei-me!
Fez na Sexta-Feira uma semana que me despedi! Estou sem trabalho neste momento, mas feliz! Como dizia o anúncio, "sinto-me bem comigo mesmo".
Nem sei muito bem o que escrever sobre o que fiz, porque não há muito a dizer! Andava há bem mais de um ano a arrastar algo que era inevitável e que se concretizou no dia 07, Sexta-Feira. Foram mais de três anos na empresa. Com altos, com baixos. Com muito altos e muito baixos.
Mas guardo o momento em que saí pela porta fora, depois de trasnmitir a minha decisão! Parecia que um peso de cinco toneladas tinha saído de cima de mim! Foi um alívio!
Tive as minhas razões para sair. Algumas criadas por mim, outras criadas por outras pessoas. Podia dizer e desabafar aqui muita coisa, mas não acho que faça sentido. Afinal, libertei-me!
Alguns amigos meus já me tinham dito para o fazer, mas eu sempre achei que seria possível as coisas melhorarem. Não melhoraram. Depois disto, agradeço a todos a paciência que tiveram para me ouvir queixar das coisas que se ia passando e apesar de saber que foi uma decisão que pecou por tardia, tomei-a.
Como disse antes, fi-lo principalmente por mim, mas também por todos os que me rodeiam, me acompanham, me gostam e me amam!

Vem aí nova etapa!

03 março 2008

por mim, por ti, por nós, por vós!

cada vez que a tua mão me segura, dá-me forças para o fazer!

Fá-lo-ei de uma vez por todas!

Ao fazê-lo, estarei a fazê-lo por mim, mas estarei também a fazê-lo por todos os que me rodeiam, me acompanham, me gostam e me amam! Ao fazê-lo por mim, aumentarei o meu bem estar e dessa forma aumentarei o bem estar dos que me rodeiam, me acompanham, me gostam e me amam! São esses que me querem bem e ao fazer isto por mim, estarei a fazê-lo por todos nós!

Ficarei mais leve e retirarei assim, de vós, todo o peso que vos coloco nos ombros e no coração, de cada vez que estamos, falamos ou escrevemos.

Chega! Quero ser livre e dar-vos assim a liberdade de vós próprios serem livres. Livres de mim e desta minha má energia constante.

Quero estar feliz, deixando-vos assim felizes por saberem que eu o estou e que vós próprios o podem ser. Isso só me deixará ainda mais feliz!

Vou fazê-lo!

01 março 2008

praquê?

De que servem todos os cuidados que temos durante a nossa vida? Dizem-nos e nós acreditamos, que nos devemos alimentar de forma saudável, que não devemos fumar, que devemos fazer exercício, que devemos conduzir cuidadosamente, entre outras coisas! Mas, no final, de que serve tudo isso?

O conduzir cuidadosamente, acho que devemos realmente fazê-lo, porque andam mais pessoas na estrada e qualquer acção errada que tenhamos na estrada pode-se tornar numa desgraça, ñão só para nós, como para os outros que andam na estrada. E se eu estou a aprender isso...
Agora, relativamente a tudo o resto, eu pergunto-me realmente: porquê tantas preocupações?

Soube há dois dias que a irmã de um amigo meu tem cancro nos dois pulmões. ELA NUNCA FUMOU, CARALHO! COMO É QUE COM TRINTA E SEIS OU TRINTA E SETE ANOS SE TEM CANCRO NOS PULMÕES?!

Há um tempo atrás, como já referi aqui, ameaçaram que me davam um tiro, numa situação no trânsito. Há bocado, vi nas notícias que mataram uma rapariga de 35 anos, em Sacavém, numa situação que desconfiam ser de carjacking! Quem é que me garante que eu acabando de escrever esta merda, saio para a rua e não levo um balázio de alguém, apenas porque lhe apetece?!

O Fehér! Com 24 anos, atleta de alta competição, fisicamente em forma, com controlos médicos regulares, cai com estrondo, num campo relvado, sem nunca mais se levantar. 24 ANOS!!!

Quantas pessoas levaram uma vida cheia de cuidados e caíram com estrondo, abandonando as nossas vidas e deixando-nos mais pobres? Quantas?!

De que servem afinal os cuidados?

São as horas que são e eu aqui. Ainda não aprendeste pois não Zezinho?!

26 fevereiro 2008

hoje

é isso mesmo. o meu signo é peixes e se olharem bem para dentro da boca do leão vêm dois peixinhos!


Hoje deu-me para ver o meu horóscopo. Vi o de dois astrólogos mais conhecidos. Paulo Cardoso e Maya.

O do Paulo Cardoso dizia:
"Sentir-se-á bem consigo graças a este estado de harmonia geral, o que também é muito positivo em termos de saúde. Durante as próximas semanas terá um bom ambiente de trabalho."

Este, deu-me vontade de me deitar no chão a rir às gargalhadas. Está tudo ao contrário! Não me sinto bem comigo e muito menos estou num estado harmonioso! O que mais vontade de rir me deu foi o ambiente no local de trabalho!! Bom?! PÉSSIMO!!!

Quanto à Maya, esta disse:
"Evite uma ruptura sentimental por suspeitas ou desconfianças não confirmadas. Algumas promessas profissionais podem não ser cumpridas até ao fim."

Ora aqui, já estamos a falar mais acertado. A Sr.ª D.ª Maya se não acertou na mouche, andou lá muito perto. E quando digo muito perto, é tipo, mesmo em cima da linha de golo. Ou mesmo já lá dentro, mas anulado, porque o árbitro não vê um boi à frente dos olhos.

Bom! Enfim...

19 fevereiro 2008

today I'm a statue

o culpado do estado na nação, pois afinal a culpa é dos que vieram antes

No Domingo, vivi um momento que me deixou pensativo. Um momento de seriedade. Uma conversa entre pessoas muito boas, onde ao contrário do que é normal em mim, não houve palhaçada (pronto, só um bocadinho). O registo mantido, foi de seriedade e frontalidade. Falou-se de cada um de nós. De uns mais, de outros menos.

Mas o que me ficou a queimar o fúsivel foi o facto de me ter apercebido que nos últimos tempos, semanas, meses ou até anos, este foi talvez o momento em que eu estive mais tempo sem brincar ou sem dizer alguma palhaçada. Fui sério e falei a sério. Racional, até. Inconscientemente, as pessoas com quem estava, obrigaram-me a pensar nesta minha constante fuga para a palhaçada.

Sim, eu sei porque estou sempre na palhaçada. É porque não consigo e não quero falar das coisas sérias. De mim. Do que me atormenta. É mais fácil gozar e esquecer que os problemas existem. Deixar de pensar neles para me deixar absorver pela palhaçada e consequentemente, por uma alegria temporária. Alegria? Não! Não é isso! É euforia! Sim, euforia! Como se de um cocainómano me tratasse, a viver de traço em traço, desviando as minhas atenções do que realmente me preocupa! Eu vivo de palhaçada em palhaçada. A minha cocaína, o que me dá euforia, são as minhas palhaçadas e estar constantemente na palhaçada! Como se cura? Sou eu que curo, mas não sei como. Dizem que o facto de saber e de assumir, é meio caminho andado para se resolver. Mas de que me serve saber seja o que for se não faço nada? Não é de agora que sei isto.

Fecho os meus olhos e o que vejo? Nada! Tudo escuro. A única diferença é que me consigo concentrar melhor nas lágrimas que choro.

Penso em pegar no carro e, simplesmente andar. Penso em vestir um fato de treino e ir correr. Penso em ligar para a Ana e falar. Penso em ligar para a Sónia e falar. Penso na minha Mãe...

O que faço? Estou cansado. Vou chorar no sítio do costume, porque amanhã começo o trabalho às oito da manhã.

Realmente, serei simples ou complicado?

FRASE DO DIA:

"Somedays you're the pigeon, somedays you're the statue"

18 fevereiro 2008

doze palavras

Não sei se o Ricardo que desafiaste, sou eu ou não, mas de qualquer maneira, apeteceu-me escrever doze palavras e ver o que saía.
Aqui está, Bela.

Amor
Compreensão
Dormir
Família
Frontalidade
Mãe
Olhares
Palhaçada
Raiva
Sorriso
Tranquilizar
Vida

09 fevereiro 2008

carnaval

os xores padres, com uma crente e o pecado mora em cima!!

O ano passado não me mascarei. Este ano, no entanto, as coisas foram preparadas devidamente. Combinou-se tudo. Escolhemos máscara, e estávamos (Eu, o Alexandre e o Hugo) preparadíssimos para podermos fazer de conta.
Numa primeira fase, a opção era mandarmos fazer uns coletes da ASAE, mas entretanto e após uma sondagem, achámos que essa seria uma opção que demasiadas pessoas iriam usar. Assim, falaram-se noutras hipóteses e o que se decidiu, foi seguirmos a palabra do Senhor! Pois é! Mascarámo-nos de Padres! Ou melhor, dois Padres e um Bispo, Cardeal ou o que lhe quiserem chamar!
A noite começou comigo e com o Hugo a bebermos café no café da minha rua, já mascarados! Como é óbvio, a risota foi uma constante. Da minha rua fomos para Santos, onde percorremos alguns bares. Começámos na Botica, passámos pelo Porão de Santos, seguimos depois para a Tasca do Ti Carlos ao lado do Kremlin. Fomos depois ao bar ao lado do Pérola, pois este último estava fechado, e aí já nos pediram fotos. Regressámos ao Ti Carlos e assentámos arraiais no Porão de Santos, onde estava o Simeoni e a namorada. Até chegar o Alexandre, a Ana, o Miguel e mais duas amigas, foi um instante e algumas imperiais. Aí foi a loucura total dos Padres, bindos piabaitxo, do Piodão para a capital para experimentar a bida de pecado!!
Do Porão seguimos para o Art, onde à entrada nos perguntaram se estávamos na Guest List. Nós dissémos que só podíamos estar, pois tinhamos sido enbiados pelo Senhor! E assim entrámos! Lá dentro, cheios de calor, dançámos, bebemos, abençoámos e tiraram-nos fotografias. Elogiaram as nossas máscaras e que mais se pode querer? Não foi uma noite estrondosa, mas foi giro! Divertimo-nos bastante!
No final da noite, o Xor Bispo e o Padre Mendes, ainda foram ao Jezebel, eu fui para casa!
Agora e aqui, assumo desde já que não mais me irei mascarar de algo que se relacione com alguma religião, pois ainda nessa noite comecei a ser punido severamente. Para começar, a chegar a casa, o meu telemóvel, mandou-se do terceiro andar, pelo poço do elevador! Depois e já na Terça-Feira, a jogar à bola, dei um jeito ao pescoço e ainda hoje, me mexo com algumas dificuldades. Castigo do Senhor!!!
até os párocos doutras paróquias se quiseram associar à nossa pergerinação

02 fevereiro 2008

torneiras

torneiras malévolas!!!

Detesto aquelas torneiras que normalmente estão em espaços públicos (cafés, restaurantes, bares, discotecas, etc..) e que não são passíveis de dosear a pressão de saída da água!! Aquelas que é só pressionar a parte superior das mesmas e sai um jacto de água. É que normalmente, de certeza que para diversão de muitos canalizadores, essas torneiras estão reguladas para expelirem um jacto de água que seja capaz de nos molhar. E de nos molhar onde? Precisamente no meio das pernas! Mesmo que sejam só uns salpicos, já imaginaram a vergonha que é, qualquer Homem ou Mulher, sair dum WC com uns salpicos na zona pélvica? Imaginando esta imagem, qual é a primeira ideía que nos ocorre? Não é seguramente a da torneira! Ou melhor, é duma torneira. Mas não a do lavatório!

Devem haver por aí uns quantos canalizadores muito bem dispostos!!! Hão-de se mijar pelas pernas abaixo, para verem o que é bom para a tosse!!

29 janeiro 2008

kantada

Já lá vão cerca de sete ou oito anos desde que dei como terminado o meu trajecto escolar. Terminei o 12º ano e optei por não continuar a estudar. Se me arrependo? Não? Foi mais uma opção que levou a que minha vida tomasse o rumo que tomou e que eu me tornasse em quem sou hoje. Bem ou mal, foi o que foi e é o que é. Tive algumas disciplinas que me marcaram. Umas vezes pelos professores, outras pela disciplina em sim e outras vezes, ainda, por alguma matéria dessas disciplinas. Num caso, a Filosofia, houve uma matéria da qual gostei e com a qual, de alguma forma, me identifiquei: Kant e a sua perspectiva de moralidade. Por muito ténue que seja a minha noção de Kant, hoje em dia, o que é certo é que ficou alguma noção e hoje, mais do que em qualquer outra altura da minha vida, tenho pensado nessa noção ténue, que por aqui ainda se mantém.

Como referi no primeiro texto de 2008, sinto que, nalgumas situações, tenho agido, escrito e falado de maneira a ser politicamente correcto, receando a reprovação ou mesmo a rejeição dos que me rodeiam. Estou, basicamente, a agir condicionado pelo facto de não querer que os outros pensem mal de mim ou pelo medo de ser rejeitado. Este modo de agir, segundo Kant, não é moral. E eu concordo! Para eu ser moral, principalmente para comigo mesmo, devo agir de forma a dar primazia ao bem fazer, em detrimento do bem estar, pois, como também refere Kant, "as nossas inclinações, que devemos combater, podem dar-nos um prazer momentâneo, mas deixam, muitas vezes, um vazio ainda maior do que aquele que se julgou preencher".
É óbvio que eu, tal como a maioria dos Seres Humanos, tenho o desejo, o objectivo e até a necessidade de ser feliz, mas como Kant acredita, "não devemos subordinar o dever (restrição da vontade à condição duma legislação universal) à felicidade, pois estaremos dessa forma a transformar a atitude moral num cálculo interesseiro". Como Kant diz que "a moral é a ciência que nos ensina como devemos, não tornar-nos felizes, mas dignos de felicidade", na sua perspectiva, ao estar agir com objectivo de me sentir bem comigo próprio ou de ser feliz, eu não estou a ser moral, estou, como já referi, a agir condicionado pelo medo (medo de ser rejeitado) e pelo interesse (interesse em que gostem de mim). Estes actos condicionados desta forma, dão sempre merda, pois não estou a ser eu próprio e não consigo, obviamente, sentir-me bem comigo próprio (o tal vazio que Kant refere), pois no fundo, os meus actos não são puros ou, se quisermos, morais.
Kant afirma que estar bem e fazer bem são coisas distintas, atribuindo total importância ao fazer bem. Apesar disto, a busca da felicidade nunca é desconsiderada, não devendo, no entanto, esta, violar o dever ou colocar de parte a boa vontade que deverá existir nos nossos actos. Agirmos moralmente, tornar-nos-á dignos de felicidade e as nossas acções morais, transmitir-nos-ão um contentamento semelhante à felicidade.
Como é óbvio para mim, eu conseguir agir de acordo com a filosofia Kantiana duma forma constante, não me parece ser possível, mas é certo que é que me identifico com esta filosofia, pois considero questionável, do ponto de visto moral, agir-se de forma a agradar alguém, apenas para se atingir um objectivo! Seja ele qual for!
Como também considero óbvio, não me vejo a levar uma vida moral na sua totalidade e plenitude. Gostava, mas sou Humano! Cometo erros, julgo os outros, tenho pensamentos indecorosos, insulto pessoas, desejo mal e magoo outros Seres Humanos.

Quanto a este texto, qual a sua finalidade? Será ele moral? Terá ele algum objectivo? Será para me fazer sentir bem comigo mesmo? Será para, como te acontecido, as pessoas que o leiam gostem mais de mim? Será para uma pessoa em concreto? Acho que não! Será apenas porque, já há algum tempo queria escrever sobre Kant e é também porque ando numa fase, em que me questiono constantemente sobre os meus actos e sobre os verdadeiros objectivos desses actos. Por vezes penso que nem eu próprio tenho a noção real das razões de alguns dos meus actos...

Frase do dia: "Remember, you're unique! Jut like everybody else"

sabia que...

... o uso desnecessário do telemóvel provoca fracturas na cana do nariz?
Numa experiência nunca antes realizada, uma cientista portuguesa, juntamente com um chão em tijoleira, um sofá, um espécimen humano e um telemóvel, provou que o uso desnecessário do telemóvel pode provocar fractura e hemorragias do nariz.

Existem coisas simplesmente surreais e que por muito que nós sejamos criativos, imaginativos ou simplesmete psicopatas, não conseguimos sequer imaginar que existe uma ínfima possibilidade de acontecerem ou de que um Ser Humano seja capaz de as realizar e engendrar. Mas é possível!

Isto é de loucos! Doentío!

Custou! Sem dúvida que custou, mas pela primeira vez em muito tempo fui capaz de dizer que não a algo que me pediram, duma forma sustentada, tranquila e totalmente racional. Fez-me bem. Isso, no entanto, criou-me mais um desafio e esse, bem mais exigente!

Frase da noite (entre muitas outras):

"Assim como consegues ter um coração enorme, também deves conseguir ser uma grande besta!"

26 janeiro 2008

passagem de ano

são martinho do porto é maravilhoso!
Mais um intervalo sem escrever. Sinceramente, lendo os últimos textos que escrevi, não gosto muito do que leio, mas foi o que foi e assim se manterá. Volto a escrever e começo por descrever a minha passagem de ano. Foi diferente, pois passei-a a trabalhar.
Já sabia, há cerca de um mês que ía fazer uma festa trance, na Praia do Pedrogão, durante a passagem de ano. Assim e como é perto de São Martinho, optei por, no dia 27 de Dezembro, ir para São Martinho descansar. Assim foi. No Sábado, o Edgar e o Hugo vieram ter comigo e passamos um bocadinho numa esplanada em frente à Baía, antes de arrancarmos. Arrancámos e demorámos cerca de meia-hora a chegar ao nosso destino. O parque dos Bungalows onde íamos ficar.

o nosso barraco

Descarregámos as coisas, pelo meio eu reparei numa "caixa" castanha, grande (2 metros por 2 metros. sensivelmente) que estava à frente do nosso Bungalow. De seguida fomos para o local da festa (Parque de Campismo da Praia do Pedrogão). Chegámos lá, "pegámos" no Vasquinho (quem organiza as entradas desta festa) e fomos jantar.

enquanto jantávamos, víamos a praia do pedrogão

Jantámos bem e, mais uma vez, para a festa. Eram quase nove da noite e nós tinhamos a noite toda, até às nove da manhã para vergar a mola. Tinhamos como objectivo, cobrar os bilhetes e colocar umas pulseirinhas daquelas que não rebentam e permitem assim entrar e sair da festa à vontade. A noite correu bem, sem muito movimento, Tivémos até, durante várias horas, a companhia do duo fantástico e não, não estou a falar do Batman e do Robin. Eram mesmo uns bezanos que queriam entrar para curtir um "Trance Folclórico", mas só tinham dinheiro para um bilhete. Aquilo foi um riso! Escrito, não tem a mínima piada, mas que o espetáculo nocturno nos divertiu, lá isso divertiu.

um dos membros do duo, a curtir o "trance floclórico"


O espectáculo de variedades teve direito a encore já de manhã, quando os seguranças os trouxeram para fora da festa - saltaram a rede do parque para entrar e um deles rasgou-se todo - e já vinham com "os olhos cheios de lécedê". Pelo menos foi o que disseram.

Isto foi só um bocado do que vimos. Porque houve travestis; brasileiros a sairem da festa com "travestxí" e a jurarem a pés juntos que não era homem porque "metxi a mão no pacotxi e não txinha nada não, cara"; uma versão de cabelo liso do Rocha do Duarte & Companhia a cantar uma música só para nós; a Ana Veloso que fazia sempre uma festa quando entrava e até houve Peter Pam. Peter Pam, mesmo! Eu explico:

Estava naquela festa um casal, maravilhoso, fantástico. Chamavam-se Pedro e Pamela, daí o Peter and Pam e daí o Peter Pam! Um casal Português que vive na Holanda e frequenta regularmente, este tipo de festas. Tem uma atitude muito espiritual e são duma doçura, gentileza e educação fantásticas. Estávamos sempre algum tempo a falar à porta, cada vez que eles por lá passavam. Adorei conhecer-vos e adorei ver a cara desconfiada do Edgar a trincar o brigadeiro que vocês nos trouxeram. Nitidamente com medo que tivesse algum extra!!

Todas as manhãs, após as doze horas de trabalho, íamos tomar o pequeno almoço a um café com fabrico próprio e com vista para a praia. Comi uns croissants mistos e uns pães com chouriço que pareciam caídos do céu. Eram - adoro esta palavra. Preparados? - DIVINAIS!!

olhó croissant!!

Adorei o amanhecer de cada dia. Tinhamos o previlégio de ver nascer o sol, por entre os pinheiros e esse momento era o que nos dava força para continuar, numa altura em que as forças já não era muitas. Basicamente, sabíamos que com o nascer do sol, se aproximava a hora de irmos embora, comer os tais croissants, com vista para o mar!

o belo amanhecer que nos era proporcionado

Tudo o que descrevi acima, aconteceu durante o primeiro dia, havendo algumas coisas que se repetiram durante os outros dias e outras que não. O pequeno-almoço e o amanhecer, foram repetentes, assim como o convívio com Peter and Pam, que era uma constante e que era muito bom. O convívio com eles, transmitia-me tranquilidade e paz interior. Era sempre bom estar à conversa com eles e muitas vezes deixávamos pessoal à espera, só para estarmos um bocado a falar.

Depois deste primeiro dia e do pequeno-almoço, lá fomos nós para o bungalow. A caminho do bungalow, a minha curiosidade não resistiu e tive que ir ver o que era aquela caixa castanha, que assentava arraiais em pleno jardim, mesmo à porta do nosso bungalow! Seria um sinal?! ERA!! Destapei aquilo e era um JACUZZI!!! Não disse nada ao Edgar e ao Hugo, pois já estávamos programados para descansar. Guardei a boa nova para quando já estávamos a laborar, na segunda noite. A decisão foi unânime! Após o final do trabalho do segundo dia, íamos para o jacuzzi! E assim foi! Três horas de jacuzzi, numa água a 33º, enquanto cá fora não estariam mais de 6º, quase nos transformavam em passas! Mas foi muito bom!! UUUUIIIII!!

a caixa de pandora


O resto do tempo foi a gozar com o pessoal que connosco trabalhava, por não terem experimentado as bolhinhas a beterem no corpo. Temos pena! Depois disto, ficou a faltar um dia, ou melhor, noite de trabalho, apenas. Essa noite e posterior manhã não foram fáceis. Foi das nove da noite de 31 até às duas da tarde de 01. A paciência já era quase nula, assim como as forças nas pernas. O frio era demasiado - chegaram a estar zero graus - e embora todos nos tivéssemos lembrado de levar gorros e luvas, não deixávamos de passar por um calor esquisito. Nórdico talvez!

não íamos assaltar nenhum banco estava era frio

Todos os dias foram passados à porta da festa ou a caminho desta. Só mesmo na última noite fomos lá dentro e tivémos oportunidade de viver um pouco do ambiente duma festa trance, que já todos conhecemos, mas, pelo menos eu, gosto sempre de ir à festa e estar lá. Ver a decoração e ouvir um bocadinho da música! O DanceFloor é sempre uma coisa espetacular. A iluminação colorida, berrante e constantemente a mudar.

se olharem, ao nível das cabeças, lá ao fundo, ao meio, vêm a malabarista de fogo

A meia-noite, foi passada com toda a equipe de seguranças, à porta, a abrir uma garrafa de champanhe. Fechámos as portas e ninguém entrou nesse período.

Assim foi a minha passagem de ano de 2007 para 2008. Diverti-me? Sim. Podia ter-me divertido mais, se não estivesse a trabalhar? Penso que sim. Cansei-me? Sem dúvida que sim! Ganhei dinheiro? Oui! Se voltasse atrás voltaria a passar o ano a trabalhar? Claro! No fundo, estive com pessoas boas, pessoas giras, pessoas divertidas e amigos. Ri-me às gargalhadas por mais do que uma vez e no meio disto tudo ainda ganhei dinheiro! Que mais se pode querer?

Para todos de quem eu gosto e que gostam de mim, mesmo que não nos falemos tanto como gostaríamos, desejo no meu íntimo e não só, que o ano de 2008 seja muito, mas mesmo muito bom! Tudo do melhor, sabendo à partida que vamos ter momentos altos e momentos baixos. Que os altos sejam mais do que os baixos e recordemos principalmente esses momentos altos!

P.S. - Adivinhem uma das prendas que tive no Natal. Pois foi! Uma máquina fotográfica, que eu ofereci a mim mesmo. Nota-se, não?

25 janeiro 2008

UM FANTÁSTICO ANO DE 2008!!

O primeiro texto do ano, este. Custa-me um pouco que seja este, mas será este! Preciso que seja este! Daqui para a frente mudará.

Lendo o que tenho escrito e o que já escrevi em tempos, chego à conclusão que algo mudou nos meus textos. Mudou para pior, pois não me agradam muitos dos textos que aqui estão.
Antes escrevia, na hora e directamente no blog. Hoje em dia, penso demasiado no que escrevo, antes de o escrever. Depois escrevo num caderno e quando passo para o blog, ainda corrijo algumas coisas. Sinto, por isso, que o que escrevo, não corresponde, muitas das vezes ao que realmente sinto e isso não me agrada mesmo nada.
Como se não bastasse, eu próprio sinto a necessidade de escolher bem as palavras que escrevo, pois morro de medo de ser mal interpretado e de escrever algo que as pessoas que lêem as minhas barbaridades possam não gostar. Tenho, mais do que nunca, hoje, a necessidade de ser gostado, amado ou acarinhado. Facilmente posso concluir que ando anormalmente inseguro comigo próprio. É uma realidade, esta insegurança. Sei perfeitamente quais as origens dessa insegurança e trabalho para a elminar, mas não é fácil!
Fácil, não é também escrever estas palavras, pois se há coisa que detesto é dizer algo que possa parecer que sou um coitadinho e que façam os que me rodeiam sentir pena - é um sentimento que odeio - de mim. Quando estamos mal, facilmente contagiamos os que nos rodeiam com esse sentimento e eu não gosto de fazer isso! Aqui, mais uma vez, voltamos aos textos que tenho escrito. Sinto que alguns deles, são derrotistas, pessimistas e piegas (tipo, coitadinho de mim). E assim, mais uma vez consigo tirar uma conclusão: Se calhar, por achar que muitas das vezes, os meus textos terão estas características, prefiro não os escrever. Daí estas minhas ausências prolongadas.

Comecei, entretanto, o ano com o objectivo de mudar a minha vida e a decisão de tirar a carta de instrutor, faz precisamente parte desse objectivo. Aliás, é neste momento o único objectivo em que me quero concentrar plenamente. Não quero pensar muito mais à frente. Quero apenas passar estes três meses (Fevereiro, Março e Abril) e concluir aquilo a que me estou a propor.
Infelizmente e como a Vida é algo que não gosta de previsibilidade, nada como me pregar duas partidinhas de mau gosto, sem consequências graves, mas que doeram! Duas partidinhas, uma envolvendo a minha Sobrinha e outra o meu Pai, que estão ultrapassadas ou praticamente.

Sinto-me cansado, como nunca me senti. Desgastado talvez seja a palavra mais correcta. Foram três semanas, estas primeiras de 2008, que me levaram muitas das forças com que estava. Mas dia 01 de Fevereiro, começa o curso e apenas isso me preocupa (é mentira pois outras coisas me preocupam).

Agora, para desanuviar e para não ficar o ambiente pesado, aqui vai a frase do dia, que me enviaram hoje por e-mail. É para o sorriso, com que se enfrentará este ano de 2008.

Como alguém me disse ontem, temos que aprender a retirar o positivo de tudo o que nos acontece, porque em tudo o que nos vai acontecendo, por muito mau que seja, existe algo de positivo. O difícil é saber o quê!

Por vezes, quando se está furioso com alguém, ajuda bastante sentar e pensar sobre o problema.