21 dezembro 2005

blá, blá, blá


É isto que preciso de ver. Esta areia. Este mar. Este céu. Este sol.


Tou farto e nem sei bem do quê. A minha cabeça anda a 200 e eu não consigo estar calmo. Ando sempre em stress. Pego num livro para ler e não consigo concentrar-me na leitura, pois pelo meio surgem sempre pensamentos de outras coisas quaisquer, que me desviam por completo do livro. Não me consigo concentrar em nada!

Hoje irritei-me como há muito tempo não me irritava. Tudo por causa de brincadeiras que considerei parvas. Se calhar, noutra altura até tinha entrado na brincadeira, mas hoje não! Não me apetecia gozar com alguém pelos seus sentimentos. Independentemente de existirem ou não. Mas isso é uma estória que não vou contar aqui, pois apesar de estar envolvido nela, não é minha!

Anda tudo à minha volta, apoderado pelo amor. Isso tem-me afectado e de que maneira. Ando carente e a precisar de alguém com quem partilhar o bom e o mau da vida? Se calhar. Mas a raiva não me deixa! Não consigo aproximar-me de ninguém ou talvez não consiga deixar que alguém se aproxime.
E ao mesmo tempo que leio estas palavras, lembro-me do que ouvi numa série, ontem:
"Anger is the glue that cements us to our past"
Que estupidez. Sei onde está o erro e não o corrijo!

Só faço palhaçadas. Não me lembro de ter tido uma conversa séria, nos últimos tempos. Pego em tudo e transformo em palhaçada e motivo de gargalhada. Há um tempo concluí, bem ou mal, que a minha companhia serve apenas para se rirem. Serei palhaço? Estão-me sempre a pedir para repetir cenas que fiz e que na altura, causaram risos. Sei que são meus amigos. Amigos muito bons, mesmo! Mas às vezes pergunto-me porque razão serão meus amigos?! Acho que é uma pergunta que não vale a pena fazer, pois os amigos são amigos e ponto final. Mas não consigo deixar de fazer essa pergunta, de vez em quando!

Preciso de ir para aquele sítio onde tenho o mar, a praia, o campo, tudo ou quase tudo o que há na cidade e mesmo assim, iluminação suficiente para vermos as estrelas no céu.
Quero fumar um cigarro às seis ou sete da manhã em frente ao turismo, a olhar para a baía ou então no sítio onde, como eu costumo dizer, acaba a noite e começa o dia. Esse sítio é o ponto de onde se atira o pessoal do parapente e da asa delta. Aí acabei algumas noites a olhar para a praia do Salgado e para o sol a nascer! Isto após uma noitada no Granel, claro!

Já estive mais longe...

Este texto não está a bater certo. Está a condizer comigo! Uma série de acontecimentos nestes últimos tempos, deixaram-me um bocado atrofiado. Sem saber o que pensar e o que escrever. Enfim...

2 comentários:

Mary Mary disse...

Esse amor por S. Martinho só pode significar uma coisa... És boa pessoa e tenho a certeza que és um bom amigo. É verdade que não te conheço ou talvez conheça... Afinal de contas, S. Martinho é um bidé... :P

E o texto bate todo certo, quando se escreve com o coração por mais surreal que as palavras possam parecer são simplesmente a verdade...

TOCA A ANIMAR!!! :)

Mas será que só me calham ispsilones noutras paragens? SAFA!!! Nunca vi... Nem um agora... :(

ricardo teixeira disse...

Me. Eu sei que não és má pessoa. Muita maluca, sim! Má, nunca!! És um espectáculo!

Obrigado pelos elogios, Mary! Modéstia à parte, acho que sou, pelo menos, um bom amigo. Mas isso é tb porque tenho bons amigos. Infelizmente ou felizmente, ultimamente, tenho precisado mais eu deles do que o contrário!
Essa do bidé que é São Martinho... Demais! É verdade. "O bidé da marquesa"

Verficação - ystmjh (AHA!!! FINALMENTE!! São os ventos da mudança!)