02 novembro 2005

acredito no destino?

9:45

Estou parado no trânsito, em direcção ao trabalho, depois de um fim-de-semana longo e regenerador.
Completamente ensonado, por ter feito questão de escrever aqui até mais tarde.
De repente, no pára-brisas do meu carro vejo uma aranha minúscula a baloiçar no fio de teia que vai largando.
Começo a pensar:
"Mato ou não mato? Nah! Dizem que é sinal de dinheiro. Deixa estar."
Depois lembro-me:
"É melhor matar. Na aranha mais pequena, pode estar a mordidela mais mortífera!"
"Mato ou não mato?"
Entretanto fui interrompido pela realidade humana. O sinal estava verde e já estava o de trás a apitar e a gesticular.
Acabei por não matar e ela deve andar algures pelo carro a tecer teia.

Com isto, lembrei-me de uma cena, no CSI de ontem.
O Grissom conta algo deste género:
"Um homem, levantava-se todos os dias de manhã e ia à casa de banho. Usava a sanita e puxava o autoclismo. Quando olhava para o remoínho da água, via uma aranha a lutar para sobriver, no meio do remoínho. Isto repetiu-se dois ou três dias.
Ao 3º ou ao 4º dia o homem resolveu tirar a aranha, e deixou-a na casa de banho.
No dia seguinte, quando chegou à casa de banho, esta estava morta.
- Não nos devemos sobrepor à vida."
(não terão sido bem estas as palavras, mas é o que me lembro agora.)

Não sei propriamente se isto quer dizer que devemos deixar a vida ou o destino tomarem o seu curso, sem interfir em nada ou se será algo mais além. Mas achei piada à coincidência e deixei a "minha" aranha em paz.

2 comentários:

Mary Mary disse...

Lembro-me perfeitamente desse episódio. Adoro o Grissom, parece que tem sempre alguma coisa para nos ensinar...

Se eu tivesse visto uma aranha dentro do carro, provavelmente tinha-me espetado e fugido dali para fora. É a minha fobia. Odeio aquelas patas todas... Aulas de Biologia em que metia aranhas simplesmente não ia...

Tudo tem uma razão de ser. Não vale a pena procurar porque não se encontra. Aparece quando menos se espera. Mas era bom que aparecesse depressa... :P

A tendinite está boa, já passou e tenho tido mais cuidado com o braço. Obrigada por teres perguntado. :)

ricardo teixeira disse...

Eu não sou grande fã de insectos, no geral. Mas aquela aranha era tão pequena que não me aborreceu muito.

É como dizes. Quando menos se espera, aparece. Mas realmente enquanto não aparece, é um martírio.

Gostei do "...tinha-me espetado...". Não fazes as coisas por menos!